A direção da regional administrativa da Polícia Penal do Paraná (PPPR) em Guarapuava, em conjunto com a Pastoral Carcerária da Diocese daquele município, tem intensificado o atendimento religioso nas unidades prisionais de Guarapuava e região, em conformidade com a legislação brasileira que garante o direito fundamental à liberdade religiosa, respeitando as diversas concepções filosóficas e culturais.
Estas atividades englobam as pessoas privadas de liberdade (PPL) que, apesar da restrição inerente ao cumprimento da pena, mantêm o direito de expressar sua espiritualidade sem sofrer discriminação.
A Pastoral Carcerária tem desempenhado um papel significativo desde 2022 na Cadeia Pública e nas penitenciárias de Guarapuava, oferecendo atendimentos espirituais, cultos, confissões e celebrações eucarísticas para os custodiados de confissão cristã católica.
No ano passado, uma equipe da TV Evangelizar esteve presente na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), quando realizou a entrega de livros do Padre Reginaldo Manzotti para compor a biblioteca da unidade e que são, desde então, disponibilizados aos apenados.
Para o diretor-geral da Polícia Penal do Paraná, Reginaldo Peixoto, no que diz respeito ao tratamento da pessoa que se encontra privada de liberdade, a PPPR atua em três áreas principais, sendo a educação, o trabalho e a crença. Cada um possui grande importância para o desenvolvimento da pessoa reclusa. “Entendemos que esta atenção que está sendo dada aos custodiados nas unidades penais de Guarapuava desenvolve valores importantes e profundos, que são as questões religiosas. É um caminho para a recuperação do indivíduo que retornará para o meio social após o cumprimento da pena”, destaca.
Atualmente, os atendimentos espirituais são oferecidas semanalmente e as celebrações eucarísticas são presididas em ocasiões especiais, como é o caso da Semana Santa e Páscoa. A ocasião tem um papel fundamental para os cristãos, sendo considerada uma das datas mais sagradas.
Nesta segunda-feira (18), foi realizada uma missa na Cadeia Pública de Guarapuava, sendo presidida pelo Bispo Dom Amilton Manoel da Silva. No decorrer na semana, estão previstos novos atos eucarísticos nas penitenciárias industrial e estadual de Guarapuava. “Essa iniciativa não apenas demonstra solidariedade e compaixão, mas também reconhece a dignidade e o valor de cada pessoa, independentemente de sua situação. A presença da religião nos locais de cárcere é muito importante porque o ser humano necessita de espiritualidade”, explica Dom Amilton.
A crença no ambiente prisional – A importância da espiritualidade no ambiente prisional é multifacetada e pode ter vários impactos positivos na vida dos apenados, bem como no funcionamento geral do sistema prisional, podendo ser utilizada como fonte de esperança e significados em meio a circunstâncias desafiadoras. A crença em algo maior do que eles mesmos pode ajudá-los a encontrar propósitos em suas vidas e motivá-los a buscar mudanças positivas.
A prática espiritual pode oferecer um espaço para os custodiados lidarem com suas emoções, estresse e traumas. Através da oração, meditação, ou participação em rituais religiosos, os apenados podem encontrar conforto emocional e desenvolver habilidades de enfrentamento que os ajudam a lidar melhor com os desafios do ambiente prisional. Além deste apoio emocional, a espiritualidade também pode fomentar a responsabilidade e moralidade, auxiliar para a redução do comportamento disruptivo e facilitar a reintegração social.
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