“Amiga” de lutadora encontrada morta é indiciada por homicídio qualificado

Ex-namorado da investigada também foi indiciado por ocultação de cadáver; crime aconteceu em fevereiro deste ano.

 

“Amiga” de lutadora encontrada morta é indiciada por homicídio qualificado
*(Foto: Reprodução / Facebook)

A amiga de uma lutadora de MMA que foi encontrada morta dentro do porta-malas de um carro, no bairro Portão, em Curitiba, foi indiciada pela Polícia Civil pelos crimes de homicídio qualificado, com uso de asfixia, e por fraude processual. 


A morte de Michelle Chinol, de 39 anos, aconteceu em fevereiro deste ano. 

A indiciada Kethlin Malmann Marcelino está presa preventivamente. 


Também foi indiciado, pelo crime de ocultação de cadáver, o ex-namorado da suspeita, Márcio Gonçalves Vieira. Ele chegou a cumprir prisão temporária. 


Nelson Pereira, também ex-companheiro da suspeita, que ficou preso por 15 dias, não foi indiciado.


A conclusão do inquérito, comandado pelo delegado Victor Bruno da Silva Menezes, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ocorreu no início deste mês. Agora, caberá ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) oferecer denúncia ou não à Justiça.


Michelle, que trabalhava como motorista de aplicativo, foi encontrada morta em 16 de fevereiro. Ela ficou desaparecida por dois dias. 

O carro onde estava o corpo dela tinha sido guinchado do bairro Ganchinho por estacionamento irregular.


Como aconteceu:

 

O corpo foi localizado por funcionários da prefeitura, no bairro Portão, para onde o veículo foi guinchado. Os funcionários estranharam o mau cheiro no carro e acionaram a polícia.


Em 28 de março, Kethlin e Nelson foram presos suspeitos de envolvimento na morte da lutadora de MMA. 


Ao ser interrogada pelo delegado, a suspeita disse que a vítima devia para agiotas e estava sendo ameaçada de morte. Em maio, os até então três envolvidos ficaram frente a frente para o confronto de versões.


De acordo com o inquérito, Michelle morreu asfixiada em 14 de fevereiro deste ano, em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba. A conclusão do delegado aponta que, de forma voluntária e consciente, Kethlin matou Michelle.


O laudo de necropsia mostrou que a vítima estava com uma ferida no punho esquerdo que foi feita após a morte de Michelle. Isso foi entendido pela polícia como uma tentativa de simular que Michelle teria cometido suicídio.


O inquérito indica também que, após matar a lutadora, a suspeita colocou o corpo no carro, levou o carro até próximo a uma loja de departamentos em Fazenda Rio Grande. 


Com a ajuda do então companheiro, que confessou em depoimento ter dirigido o veículo, o corpo foi abandonado no carro em Curitiba.


Pela investigação, Kethlin ligou para Márcio às 15h do dia do crime. Ele estava em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, mas assim que chegou à capital à noite, pegou o veículo e abandonou no local de onde o carro foi guinchado, como mostraram imagens de câmeras de segurança.


Para a polícia, que não determinou ainda a motivação do crime, há muitas contradições no depoimento da suspeita. 


Segundo Kethlin, Michelle foi até a casa dela nervosa e que elas supostamente conversavam sobre uma dívida que a vítima tinha com um homem apelidado de “Nego”, logo depois Michelle foi embora.


Porém, a investigação mostrou que a vítima nunca chegou a sair da casa onde foi morta. 


Para a polícia, a suspeita ficou com celular da vítima e que tomou o aparelho como forma de receber uma dívida que a amiga tinha com ela.


Os advogados de defesa da suspeita afirmam que acreditam na inocência e absolvição da cliente:


“Estamos aguardando o oferecimento da denúncia para que possamos nos manifestar e pedir a produção de novas provas técnicas. Ainda não há provas que liguem Kethlin à conduta criminosa a ela imputada”.


Fonte: ricmais

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